Sunday, June 15, 2008

Palavras

Já há muito tempo que não escrevo. A verdade é que ainda estou com a sensação de quem percorreu, em passo rápido, um corredor interminável. Que, no fim deste, acabou por encontrar uma única porta, e que quando rodou a maçaneta, encontrou-la fechada. Foi assim que me deixaste. Prometestes-me que, quando eu abrisse aquela porta, iria experimentar o que nunca, outrora, tivera experimentado. Como é que esperavas que eu abrísse uma porta trancada?
Quando me encontraste pela primeira vez, disseste estar acorrentado a mim, fisicamente, que burrice a minha pensar que tal corrente fosse mais segura do que este corredor em que me vejo aprisionado. Os sentimentos são mais resistentes do que qualquer metal, um verdadeiro recinto cerrado por paredes, sem fuga possível. O metal oxida. Rapidamente te vais ver livre dessa corrente. O corredor... esse mantém-se intacto... por muito tempo... O tempo suficiente para, um dia, aluir sobre a minha cabeça.
Como já te disse, só gostava de entrar na tua mente, entender as tuas razões.

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