Wednesday, July 14, 2010

INSANIDADE

A noite vadia e fria uniu-nos,
Abençoou os nossos osculos.
O vento ouviu-nos,
Ventilação aparatosa,
Numa penumbra receosa.

Cedi ao teu olhar,
Explorei o teu físico,
És a claridade do luar,
Afecto místico.

Sinto-me vibrar,
Desejo-me fundir,
Quero saciar,
Esta avidez de te amar.

Descriminei em ti,
O amor que anseava,
A insanidade que me consome,
O júbilo que odeava.

Quero contigo findar,
Deixas-me perdurar?
Não há como clivar,
Fiquei enclausurado,
Neste encantamento amargurado.

As trevas dissipam-se,
Sou o clarão, a flama,
A individualidade que ama.

No comments: