Deixo fluir,
Não tenho opção,
Deslizo,
Qual Rio Jordão.
É tão certo,
Para lá do céu aberto,
O Mar Morto.
Quero estagnar,
Cessar,
Tempo não concilia,
Rumo sem alegria.
Em mim,
Nasceram peixes,
Por isso lançar-me-ão feixes?
Não mereço esse fim.
Já escrevi este poema à algum tempo.
Retrata um fim atormentador que inevitavelmente me espera, um abismo que se atravessa no meu caminho.
2 comments:
«Retrata um fim atormentador que inevitavelmente me espera, um abismo que se atravessa no meu caminho.»
oO
Como assim? :o
Hugz :)
É tão certo,
Para lá do céu aberto,
O Mar Morto.
Em mim,
Nasceram peixes,
Por isso lançar-me-ão feixes?
Não mereço esse fim.
O que me espera é o "Mar Morto", o rio Jordão desagua nesse mar.
O rio perde assim a sua individualidade, perde a sua protecção e mistura-se com a água salgada do mar.
Eu tenho receio de me misturar com a sociedade, de me misturar como realmente sou. Tenho medo que sintam a água doce que corre em mim, o quanto sou diferente...
"Em mim, nasceram-me peixes", não tenho culpa que assim seja, simplesmente surgiram. Por causa de uma "cousa" que não tenho controlo, as pessoas ameaçam-me discriminar-me, apontar-me o dedo ou talvez pior... "lançar-me-ão feixes?"
Post a Comment